Governo
29 Março de 2022 | 07h03

EXÉQUIAS

Chefe de Estado rende última homenagem ao general Paulo de Lara

O Presidente da República, João Lourenço, esteve nesta segunda-feira, 28 de Março, no acto de homenagem ao general Paulo Lara, falecido no dia 22 de Março, na cidade do Porto, em Portugal, vítima de doença, aos 65 anos.

A cerimónia de despedida decorreu no Quartel-General do Exército, onde foi prestada a última homenagem ao malogrado.

No livro de condolências, o Chefe de Estado, João Lourenço, escreveu que Angola perdeu, prematuramente, um dos seus mais distintos quadros militares, um nacionalista convicto e um notável promotor do conhecimento do caminho glorioso que conduziu à Independência e Liberdade.

Na sua mensagem, o Presidente recordou que, desde cedo, o general Paulo Lara conviveu com guerrilheiros e militantes do MPLA, como pioneiro, e se tornou num distinto oficial das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA).  

O Chefe de Estado destacou ainda o trabalho de grande notoriedade a que se dedicou o malogrado nos últimos tempos, especificamente o de recolha de documentação e testemunhos sobre a luta pela Independência de Angola, no âmbito da Associação Tchiweka de Documentação (ATD), de que foi co-fundador e um dos seus principais impulsionadores. 

No fim da mensagem, João Lourenço exprime profundas condolências à família enlutada, em seu nome, em nome de sua família e em representação do Executivo angolano.

As filhas do general Paulo Lara, Tchiloia Lara e Cassy Pinto, recordaram como foi o pai em vida.

"Perdemos uma pessoa muito especial. A sua vida foi interrompida demasiado cedo, deixando projectos inacabados e privando-nos de muito que ainda tinha para dar. Para nós, família, fica um grande vazio, impossível de preencher, mas sentimos orgulho pela pessoa que ele foi. Como descreveu um amigo, foi uma pessoa que se fazia respeitar por nobres razões: as da integridade, firmeza, coerência, coragem e humildade”.

Hoje, amanhã e sempre, as filhas do general Paulo Lara querem recordá-lo como foi em vida.

"Quero apenas lembrar eternamente e carregar no coração o pai maravilhoso que tivemos e a oportunidade de o conhecer. Foste para todos nós um pai exemplar, um marido, um companheiro querido, um familiar e amigo atencioso, alguém que tanto contribuiu, de alma e coração, para o seu país, Angola” expressaram.

Nascido em 1956, Paulo Pfluger Barreto de Lara iniciou a carreira em 1972, na província de Cabinda, como guerrilheiro do MPLA.

Formado em ciências militares e relações internacionais, foi dedicado à docência e desempenhou diversos cargos na hierarquia militar, com acções no terreno de batalha, mas também a nível de análise e estratégia, e na reestruturação das Forças Armadas Angolanas.