Presidente da República defende entendimento conjunto para dinamização dos PALOP
O Presidente da República, João Lourenço, considerou importante o estabelecimento de um entendimento conjunto sobre as formas de dinamização do funcionamento dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) no interesse de todos os Estados-membro.
João Lourenço, que falava esta terça-feira, 27 de Abril, na abertura do Fórum PALOP, disse que os países da organização devem procurar com regularidade concertar posições que salvaguardem as suas preocupações e interesses, nos grandes fóruns e organizações internacionais em que participam, na perspectiva de colher resultados que possam acrescentar valor aos esforços realizados para impulsionar o desenvolvimento.
"Acredito que se formos capazes de potenciar o uso das capacidades materiais e intelectuais que cada uma das nossas nações possui, estaremos em condições de nos complementarmos nos domínios da educação, saúde, defesa e segurança, entre outros” reforçou o Chefe de Estado angolano.
Para o efeito, sugere que entre os países da organização haja um intenso movimento de empresários, académicos, turistas, investigadores, estudantes, agentes da cultura e da ciência.
O Presidente angolano defendeu ainda a adopção de posicionamentos e estratégias consensuais sobre as questões relativas ao clima que afligem os países da organização, que apesar de possuírem ecossistemas bem preservados e contribuírem para o equilíbrio do ambiente a nível global, registam graves efeitos provocados pelas alterações climáticas.
O Presidente da República considerou "altamente danoso” o impacto gerado pela volatilidade dos preços das matérias-primas produzidas e fornecidas pelos países membros do PALOP ao mundo.
Por outro lado, com o surgimento das vacinas contra a COVID-19, disse haver uma luz no fundo do túnel no percurso que se faz para encontrar soluções que ajudem a mitigar os efeitos da pandemia.
"Devemos contudo fazer perceber os nossos parceiros internacionais, que o continente africano precisa de muita compreensão e solidariedade para nos recompormos dos estragos e dos prejuízos que esta crise sanitária global provocou nos nossos países”, acrescentou.
No seu ponto vista, é urgente que se corrija a actual realidade do difícil acesso às vacinas por parte dos países africanos e não só, que não têm capacidade própria de produção local das vacinas e sem grandes recursos financeiros para as adquirir.
Esses países, segundo João Lourenço, correm sérios riscos de ver as suas populações vacinadas, apenas depois de o mundo mais desenvolvido o ter feito.