Trata-se do Hospital Geral de Cabinda, criado para prestar serviços que não existiam na província, como internamento personalizado, serviços diferenciados de assistência ao parto que oferecem conforto à mãe e ao recém-nascido, uma unidade de cuidados intensivos neonatal e para adultos, bem como serviços de cardiopneumologia, cirurgia de mínimo acesso, nefrologia, anatomia patológica, serviços de hemodinâmica e respectivos meios de diagnósticos.
A unidade vai ainda permitir aumentar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde para a realização de exames de ressonância magnética, TAC, mamografia, electroencefalograma, e com meios de diagnóstico para atender outros serviços .
Com o Hospital Geral de Cabinda, muitos cidadãos vão deixar de fazer gastos com viagens, à procura de melhores cuidados médicos em Luanda ou no exterior do país, por falta de serviços especializados na província.
"Essa unidade vem dar solução a este problema e espero que, quer os profissionais de saúde, quer os utentes dos hospitais, deem o melhor tratamento possível”, disse o Presindente da República.
Durante aproximadamente duas horas, João Lourenço visitou a nova unidade hospitalar para conferir a qualidade da infra-estrutra e o investimento feito em termos de tecnologia.
Satisfeito com a obra, o Presidente da República não escondeu a sua satisfação, tendo declarado à imprensa, no final da visita, que "os dinheiros públicos estão a ser bem gastos”.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, contou que foi consensual a ideia da necessidade de construção de uma nova infra-estrutura hospitalar com serviços mais diferenciados, uma vez que Cabinda dispõe apenas de um hospital provincial, cuja capacidade de resposta precisava inevitavelmente de reforço.
Sílvia Lutucuta disse que o Hospital Geral de Cabinda vai beneficiar não só a população de Cabinda, mas de Angola e além-fronteiras, e trará importantes benefícios à população a nível da modernização e da qualidade de cuidados de saúde, bem como melhorar as condições de atractividade dos profissionais de saúde.
"Obteremos enormes ganhos com a reversão do número de pacientes com necessidades de evacuação para o exterior do país. Será uma unidade de referência no seu verdadeiro sentido e serão atendidos doentes com patologias e procedimentos complexos”, garantiu.
Sílvia Lutucutua adiantou ainda que o Ministério da Saúde está comprometido com a formação de quadros e com a investigação científica, por isso está a criar sinergia com instituições congéneres do sector público e privado, com alta competência, serviços de saúde de qualidade e humanizados, para que a partilha de conhecimento seja um facto e permita construir um sistema de saúde capaz de resolver as necessidades da população.
A ministra da Saúde apelou à utilização adequada dos recursos disponíveis por parte dos profissionais do sector e dos utentes.
Para o governador de Cabinda, Marcos Nhunga, o dia da inauguração passa a ser histórico para a população, porque a província nunca teve uma unidade hospitalar com esta dimensão.
"Acabou o triste cenário de ver as nossas famílias a viajarem aos congos em busca de solução para a saúde, às vezes em hospitais sem condições. Com o equipamento de ponta colocado nesse hospital, com os técnicos rigorosamente selecionados para trabalhar aqui e com apoio de especialistas estrangeiros, não temos dúvidas de que muitos problemas de saúde complexos vão ter solução nessa unidade”, assinalou.